Nesse capítulo, temos novamente Samael, do livro Limiar de 'Elaine Velasco', dessa vez "contracenando" com Ariel, do livro O Ceifeiro de 'Al Gomes'. Divirtam-se.
Capítulo 2
- Olá Ariel.
- Boa noite comandante.
- Não sou mais seu comandante há milênios, Ariel.
- Porém, jamais deixei de respeitá-lo Samael, por tudo que passamos juntos quando liderava o exército dos ceifeiros.
Samael soltou um suspiro entediado.
- Afinal, o que o traz até aqui velho amigo? Sei que não se trata de uma visita cordial.
- Sei o que está planejando Samael, e muitos de nossas hostes também o sabem. Vim pedir para que pare. É loucura, não vai dar certo.
- E que escolha tenho eu Ariel? Se nosso Pai me deu as costas e estou agora preso nessa guerra entre Ele e Lúcifer? Já sofri demais por não tomar partido.
- Sei que não é isso que o motiva. De verdade.
O silêncio imperou entre os dois por longos instantes, até que o antigo comandante o quebrou:
- Quem é você para me julgar Ariel? Bem sei que andas envolvido com aquela humana, aquela cuja alma deveria ceifar...
- Como sabes disso?
- As notícias correm, meu irmão. Toma cuidado.
- Não é o que estás pensando.
- Não? Já vi muitos anjos caírem Ariel, sei bem como tudo começa...
- Acaso refere-se a Leuviah? Ele já vinha se corrompendo há muito tempo...
- Não fale desse maldito diante de mim! – dizendo isso, o anjo de asas cinzentas pôs-se em pé, punhos cerrados encarando o antigo companheiro.
- Acalme-se Samael, não vim reabrir velhas feridas. Só vim avisar-lhe.
- Pois então, fica também você com um aviso: Se continuares pelo caminho que estás trilhando, logo estarás ao meu lado, lutando contra as legiões de nosso Pai, logo serás mais um anjo caído.
Tomado de assombro pela severidade das palavras emitidas pelo antigo comandante, Ariel enrolou-se em suas asas e transformou-se numa imensa bola de energia que sumiu nos céus tão rapidamente quanto havia surgido.
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